O terceiro módulo do curso de Toxicologia Industrial da APAMT debateu, no dia 17/09, o Programa de Proteção Respiratória, trazendo para Curitiba o professor Antônio Vladimir Vieira, engenheiro químico representante do governo brasileiro junto ao ISO para a normatização internacional dos equipamentos de proteção respiratória.
Durante todo o dia, ele explicou para os médicos sócios da APAMT e demais profissionais que participaram do curso os riscos respiratórios, a classificação e seleção de respiradores, tipos de ensaios de vedação e conteúdo mínimo de um PPR.
“O papel do médico na área de proteção respiratória é fundamental, porque é ele quem vai estar dando autorização para o funcionário da empresa utilizar determinado tipo de respirador. Às vezes, uma máscara pode estar beneficiando o trabalhador no ponto de vista de exposição no ambiente de trabalho, mas pode estar acarretando outro problema para o trabalhador, inclusive na qualidade da respiração, pois se ela tiver uma doença obstrutiva, por exemplo, o uso do respirador pode agravar”, disse o professor.
Ele destacou que o Brasil possui um Programa de Proteção Respiratória desde 1994, mas ainda são poucas as empresas que o adotaram de maneira eficaz. “Infelizmente, ainda vemos índices de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais relacionados ao aparelho respiratório muito altos”. Ele citou a exposição à poeira e a gases e vapores, como os principais causadores dessas doenças e apontou, entre os problemas o tempo correto para a troca de filtros químicos para trabalhadores expostos a gases e vapores; o uso prolongado de máscaras descartáveis e a saturação do respirador. .